https://soundcloud.com/imunocast/a-ci-ncia-diz-epis-dio-3
Microvesículas, exossomos & Cia
Após 30 anos dos primeiros relatos sobre vesículas liberadas por inúmeros tipos celulares, muitos ainda não as conhecem. Este espaço tem como propósito descrever de maneira simples e objetiva - microvesículas, exossomos e outras vesículas extracelulares - objetos de minha pesquisa no mestrado e doutorado. Aqui estarão resumos de artigos científicos publicados em revistas renomadas. Comentários serão bem-vindos!!!
sexta-feira, 25 de julho de 2014
domingo, 20 de julho de 2014
Porfolio digital educacional sobre Exossomos.
Tornando o objeto de minha pesquisa no mestrado e doutorado em Imunologia e Parasitologia Aplicadas do Instituto de Ciências Biomédicas (ICBIM) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), acessível a todos.
http://immunomoni.edu.glogster.com/exossomos
"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original." Einstein.
http://immunomoni.edu.glogster.com/exossomos
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| Portfolio digital educacional sobre exossomos |
terça-feira, 8 de julho de 2014
Exossomos como efetores do sistema imune inato
"Exossomos são vesículas extracelulares pequenas, de aproximadamente 50 nm de diâmetro, produzidas por via endocítica e liberados por uma variedade de células. Dados recentes indicam um espectro de funções exossomais, incluindo a transferência de RNA, apresentação de antígenos, modulação da apoptose e eliminação de proteínas obsoletas.
Os néfrons, unidades formadoras dos rins, em todos os seus segmentos também liberam exossomos, cujas funções ainda permanecem desconhecidas.
A maioria dos estudos sobre exossomos provenientes dos rins concentram-se em descobertas de exossomos como biomarcadores. Nesse estudo, relatamos os resultados de análises proteômicas e de microscopia eletrônica mostrando que os exossomos urinários humanos normais são significativamente enriquecidos com proteínas da imunidade inata, que incluem proteínas e peptídeos antimicrobianos e receptores bacterianos e virais. Exossomos urinários inibiram o crescimento de patógenos e comensais de Escherichia coli e induziram a lise bacteriana. A morte bacteriana dependia da integridade estrutural dos exossomos e ocorreu de forma ótima com o pH ácido típico da urina de seres humanos onívoros. Assim, exossomos são efetores na imunidade inata, contribuindo para a defesa do hospedeiro dentro do trato urinário." Hiemestra et al., 2014.
http://jasn.asnjournals.org/content/early/2014/04/02/ASN.2013101066.abstract
http://jasn.asnjournals.org/content/early/2014/04/02/ASN.2013101066.abstract
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| Composição bioquímica de exossomos urinários (GONZALES et al., 2008). |
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Estudo revela mecanismo que faz câncer se espalhar (Folha de São Paulo, 18/04/12)
Uma equipe internacional de pesquisadores, incluindo brasileiros do Hospital A.C. Camargo (SP), pode ter dado um passo importante para bloquear o insidioso processo por meio do qual o câncer se espalha pelo organismo.
Eles mostraram que uma espécie de bolha microscópica, que lembra uma "minicélula", é capaz de carregar as sementes de um novo tumor para partes distantes do corpo, preparando essas áreas para receber a doença.
Se for possível bloquear a ação dessas "bolhas", os médicos teriam em mãos uma defesa importante contra a metástase, como é conhecido o espalhamento do câncer pelo organismo do doente.
A quantidade e o conteúdo das "minicélulas" também poderiam trazer pistas importantes sobre a gravidade de determinado câncer e sobre a resistência do tumor a medicamentos, explica a bioquímica Vilma Martins, pesquisadora do A.C. Camargo. "Pode ser uma ferramenta muito poderosa para os oncologistas", afirma ela.
Martins assina um estudo sobre o tema que acaba de ser publicado na revista científica "Nature Medicine". A equipe de cientistas, coordenada por David Lyden, da Faculdade Médica Weill Cornell, em Nova York, identificou sinais intrigantes do papel das "bolhas" -conhecidas tecnicamente como exossomos- num câncer que costuma afetar a pele, o melanoma.
UM CORPO QUE SAI
Os termos gregos que formam a palavra "exossomo" podem ser traduzidos exatamente da maneira acima: "um corpo que sai" da célula, como uma espécie de mensageiro, de acordo com o que pesquisas recentes mostram. "É uma área de pesquisa bastante nova", diz Martins.
Os exossomos se formam no interior das células e apresentam uma membrana composta por uma camada dupla de gordura -exatamente como a membrana das células "verdadeiras" (veja quadro).
Em seu interior, podem carregar vários tipos de molécula, inclusive material genético. Atravessam com facilidade a membrana das células e levam essa carga para outras células. "Parece um método eficiente de sinalização celular", explica Martins.
O problema é que, como mostrou o trabalho da bioquímica e seus colegas, essa sinalização pode ser facilmente usada para o mal. Em pessoas com melanoma, por exemplo, os exossomos produzidos carregam uma quantidade maior de proteínas ligadas ao câncer quando o tumor da pessoa é mais grave.
Quando injetadas em camundongos junto com células tumorais, as "minicélulas" facilitaram a formação de tumores, carregando substâncias que ajudam a recrutar células formadoras de vasos sanguíneos.
É que os cientistas apelidam de "criação de nicho" para o tumor: um local cheio de nutrientes trazidos pelos vasos para que o vilão possa crescer. E os vasos também ficam mais permeáveis -o que facilitaria a penetração das células tumorais. O desafio, agora, é aprender a bloquear o processo.
Exossomos, afinal - o que são???
Exossomos são pequenas vesículas endossomal-derivadas abrangendo 30-120 nm de diâmetro secretadas das células por meio de exocitose e, no contexto do câncer, são capazes de preparar nichos metasáticos e suprimir o sistema imune do hospedeiro. Apesar dessas características pró-tumorigênicas, os exossomos podem ser úteis para diversas aplicações biotecnológicas, como vacinas biológicas anticancer, sistemas de drug delivery, diagnóstico e prognóstico do câncer e medicina personalizada (THÉRY, 2002).
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